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terça-feira, 4 de junho de 2013

O CASAMENTO DE JÚPITER

                                                     O CASAMENTO DE JÚPITER
             Tudo estava bem no palácio, mas Júpiter sentia a falta de uma companheira que lhe fose totalmente fiel; sabia que uma esposa viria alegrar sua vida; desceu à terra e encaminhou-se para a ilha de Eubéia, onde morava uma bela jovem chamada Juno; ela tinha grandes olhos azuis, cabeleira longa e braços branquinhos como a neve. Juno residia em companhia de de sua madrinha, a velha e amorosa Macri. 
               Era inverno e fazia muito frio, mas, mesmo assim a jovem Juno resolveu dar um passeio pelos campos. De repente, percebeu o rumor de asas, e um pássaro de penas escura pousou em seu ombro; era um pardal, que tremia de frio. Juno acariciou-o com doçura, acalentando-o com seu suave sopro morno para enxugá-lo da neve que caía.  Mas subitamente, o pardal voou e, em seu lugar, apareceu a majestosa figura de Júpiter.


                    - Oh, belíssima Juno! disse-lhe o deus. Desejo que seja minha esposa e que venha morar comigo no palácio do Monte Olimpo. Ela sentiu-se muito honrada e foi embora com o deus Júpiter, não sem antes avisar sua querida madrinha, que ficou muito feliz com a notícia.
                    O casamento foi celebrado com grandes festas e os deuses acolheram com júbilo a nova soberana.  A festa no palácio durou vários dias e noites.

                    Júpiter e Juno amavam-se muito, mas não se pode dizer que sempre viveram em harmonia.
                    Como se sabe, o rei dos deuses tinha um gênio muito difícil; era impetuoso e não aceitava ser contrariado. Uma de suas exigências, causada pelo seu ciúme, é que Juno nunca deveria sair do Olimpo. Ela nunca gostou disso e quando ele se ausentava  para realizar uma viagem à terra, em cumprimento de seus deveres de soberano divino, sempre o recebia no regresso com ásperas repreensões. O deus respondia com impaciência e isso provocava grandes discussões entre eles. Nessas ocasiões o céu escurecia e desencadeavam-se grandes tempestades de chuvas, com ventos, raios e trovões. 

Mas, no momento em que o casal se reconciliava aplacavam-se a fúria dos elementos do universo e tudo voltava à calmaria.
                       Geralmente esses aborrecimentos não duravam muito porque havia muito amor entre eles. Mas, um dia em que Júpiter se encontrava muito irritado, mais do que o de costume, Juno, exasperada, tomou uma decisão: 
                       - Vou abandonar o Olimpo; dessa forma não vou mais viver aqui.   E desapareceu num repente. 
                        Júpiter ficou muito triste com isso; queria sair à procura de sua amada Juno para trazê-la de volta ao palácio. Mas como era muito orgulhoso, não quiz dar o braço a torcer e ficou esperando que ela se arrependesse e voltasse espontaneamente. Como ela não voltava, ele teve de tomar uma decisão radical. 
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Nicéas Romeo Zanchett  
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No próximo episódio você saberá qual foi a estratégia que o deus Júpiter usou para trazer de volta sua amada Juno.
Nicéas Romeo Zanchett

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