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segunda-feira, 3 de junho de 2013

JÚPITER NO MONTE OLIMPO




JÚPITER NO MONTE OLIMPO 
                     Depois de restabelecer a paz, Júpiter escolheu o Monte Olimpo para sua residência oficial.  Uma altíssima montanha da Grécia; era uma elevação inacessível, ornamentada de alvíssimas geleiras  e coroada de nuvens. Em suas encostas íngremes e escarpadas, cresciam gigantescas árvores de luxuriantes e sombrias copas, entre viçosas trepadeiras floridas, torrentes de águas límpidas e cascatas rumorosas. 
                     No alto do monte, edificou um esplêndido palácio com paredes de mármore polido e tetos de ouro deslumbrante, completamente rodeado  de um pórtico, aberto para um vasto jardim.
                        A primavera ali reinava perenemente; todos os dias, entre a relva, abriam-se maravilhosas flores com suas brilhantes coroas. O ar era sempre fresquinho e a luz do sol brilhava com toda a sua pureza e esplendor. 
                      Na mais ampla sala do palácio estava o trono , todo de marfim, com incrustações de ouro e pedras preciosas, sobre o qual se sentava Júpiter, envolto num manto de púrpura: largas madeixas de seus cabelos encaracolados caíam-lhe sobre os ombros e sob a ampla testa, cercada por uma coroa de louros, brilhavam seus olhos azuis.  A seus pés estava sempre a rainha das aves, uma águia, para ele sagrada, cujos olhos, não temiam fixar o sol.

                      Na magnífica residência, reinava a mais completa paz; às vezes, quando alguma coisa o contrariava, Júpiter era acometido por impulsos de ira. Nesses momentos, grossas nuvens escuras se acumulavam no céu e cobriam o alto do Monte Olimpo, lançando sobre a terra grandes tempestades, sempre acompanhadas de relâmpagos e trovões. 
                    Porem, pouco a pouco as iras do deus iam se acalmando. Os ventos abrandavam-se e encurvava-se no céu um belo arco-íris multicolorido. Era a ninfa Íris, mensageira divina, que estendia no céu aquela faixa de sete luminosas cores. Este era o modo de Júpiter manifestar aos homens o seu supremo poder; desde os reis até o mais humilde mortal, todos sabiam que deviam temer a cólera e os castigos do deus. 
                       No palácio viviam também outros deuses, cuja vida era plácida e tranquila. De manhã bem cedo, uma bela jovem chamada Aurora, com cabelos cor de rosa, abria as portas do palácio e uma suave luz difundia-se pela abóbada celeste. Os deuses levantavam-se de seus leitos de ouro e púrpura e iam reunir-se na sala do trono.  Lá encontravam  uma grande mesa farta, bem preparada e banqueteavam-se alegremente; comiam ambrosia e bebiam néctar, especialmente preparados para eles; enquanto isso as nove Musas e as três Graças, formosas donzelas, entoavam harmoniosos cânticos e bailavam, executando graciosas danças, ao compasso de músicas de suavidade incrível. 
                     Hebe, a deusa da juventude, em taças de ouro, oferecia licores aos deuses, e todos que as beijavam nunca mais envelheciam. 
                     Em outro palácio, um tanto afastado de de Júpiter, habitavam as Parcas, filhas das trevas, cujos nomes eram Cloto, Laquéis e Átropos. As paredes desse palácio era de bronze e nelas estavam gravados o destino dos homens e o caminho dos astros. 
                   As três deusas, cobertas de véus brancos, constelados de estrelas e com coroas de narcisos, ficavam assentadas em fulgurantes tronos, tendo nas mãos os fusos com que fiavam lã. Com os fios brancos mesclavam-se outros dourados e negros. Fiavam a vida dos homens da terra. Os fios de ouro indicavam dias de felicidade e os negros marcavam os dias de desgraça. Quando uma vida chegava ao fim, a meada rompia-se; então morria aquela pessoa. 
Nicéas Romeo Zanchett
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LEIA TAMBÉM> AS FÁBULAS DE LA FONTAINE
No próximo episódio, você saberá como foi o casamento de Júpiter.
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Nicéas Romeo zanchett
 






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